Joaquim José de França Júnior
MEIA HORA DE CINISMO
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Estudante do 49 ano da Faculdade de Direito de São Paulo
Comédia em um ato
(Original)
À QUEM LER
Duas palavras sobre aqueles que, na noite de 17 de julho de 1861, tanto contribuíram para o bom acolhimento, e feliz sucesso de minha primeira composição.
Apresentando-me pela primeira vez perante uma platéia inteligente e ilustrada, dependia todo o meu futuro do artistas poderosos e eminentes, que pudessem com o seu talento suprir o que a pena me negara.
Era assim que, depositando todas as minhas esperanças no Sr. Furtado Coelho o na Sra. D. Eugênia Câmara, e nos Srs. Leal, Peregrino, Henrique e Joaquim Câmara, não fui iludido; e os aplausos que obteve a Meia Hora de Cinismo vieram confirmar mais uma vez o talento brilhante dos dois primeiros artistas, e o merecimento dos outros.
Excetuando o Sr. Furtado Coelho e a Sra. D. Eugênia Câmara, artistas superiores à todos os elogios, sem ofender o merecimento dos outros, eu destacarei do grupo o Sr. Leal, que na parte do Frederico fez quanto pode fazer um ator de talento e dedicação pela arte. Oxalá receba sempre o Sr. Leal as lições daquele que tanto tem contribuído para melhorar o teatro de S. Paulo, e o seu nome será em breve uma gloria para o nosso palco.
O Sr. Peregrino posto que lhe tocasse um papel de pequena importância, deixou contudo entrever a habilidade de que é dotado.
Os Srs. Henrique o Joaquim Câmara identificaram-se perfeitamente com os tipos que concebi.
Com tais soldados a vitória é certa.
ATO ÚNICO
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PERSONAGENS / ATORES
NOGUEIRA, estudante do segundo ano / F. Coelho
FREDERICO, bicho (estudante de preparatórios) / Leal
NEVES, estudante do terceiro ano / Henrique
MACEDO, dito do quarto ano / Peregrino
JACÓ, negociante / J. Câmara
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