GABRIEL IMPAGLIONE
PERGUNTAS A PABLO NERUDA NO CENTENÁRIO DE SEU NASCIMENTO
********************************************************
(Traducción al portugués Antonio Miranda)
“Quando se dita debaixo da terra
a designação da rosa?”
Pablo Neruda, Libro de las Preguntas
Janeiro é um pedaço de brasa extraviada
que inaugura o ciclo da água?
É verdade que os ingleses não saltam?
Os presidentes estão isentos de subir nos coletivos?
Por que às vezes quando dói a alma ri a poesia?
Por que não tem emprego se sobra o trabalho?
Um operário da Ford
vale menos que um carro?
O pedreiro que ergue maravilhas vive numa casa
sem reboco? Tem janela para ver o vizinho?
É que os varredores leva a terra do centro
das cidades para que reviva nas ourelas?
Tem essa mulher um homem em seu braço
ou uma carteira?
Quem se anima a jurar que o Chê é morto?
E por certo, querido Pablo, Miguel e Frederico?
Dobram os sinos?
Vale mais um homem ou a palavra?
Ou um homem de palavra?
Desmancha de rir o menino com chocalho
Ou é o chocalho que solta gargalhadas da justiça?
É que quem vai embora tinha pátria
ou a pátria é virtude em vias de extinção?
Sabe a história se alguma vez, o mundo,
respirou livre de impérios e traidores?
É a lua o jasmim mais próximo do abraço?
Terminará no cárcere também o silêncio cúmplice?
É que há muitos gatos ou os pássaros não morrem?
Desprendeu-se um retalho constelado
ou um menino traçou seu mapa da noite com um dedo?
Que aconteceria se nos hospitais
se deixasse de administrar amor em generosas doses?
Quando entenderá o homem que a mulher leva
a gota de sumo do mundo nos seus lábios?
Regressei um navio?
Por que os ministérios da Economia
são mais importantes que os ministérios da ...
|
|
|
|
|
|